quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Viagem no tempo – dois dias em mergulhado no Universo Steampunk

SteamCon 2013 - Steamers caracterizados para o evento 
(tirado do perfil do Capitão Escarlate no facebook)


Nos dias 26 e 27 de Janeiro aconteceu o SteamCon 2013 em Paranapiacaba, São Paulo. Durante estes dois dias, forma realizadas várias atividades relativas ao universo Steampunk, num cenário extremamente apropriado, com direito a fog, uma neblina tão espessa que penetrava nos aposentos pelas janelas e portas, casas do século XIX, de arquitetura inglesa da época, preservadas como testemunho deste período histórico.

Embora eu tenha crescido lendo Julio Verne, Sherlock Holmes e H. G. Wells , vendo o seriado James West e seja fã e escritor de ficção científica, meu envolvimento com o gênero é recente, me aproximando mais para ampliar meu leque de opções de temas. No início nem pensava em criar caracterizações ou usar qualquer adereço do gênero. O envolver com as pessoas me fez encantar de vez pelo Steampunk.

São as pessoas, na pele ou não de um personagem, que me levaram para dentro deste universo. Diversidade, respeito ao outro, postura não elitista e ausência de preconceitos foi o que encontrei entre os steamers.

Começando pelos organizadores do evento, Candido, Adriana e Fernão, que foram eficientes e conduziram o evento maravilhosamente, dentro do possível e só não foram melhores por ser este o primeiro evento deste porte que conduziram. E eles não teriam conseguido sem ajuda dos “foguistas”, Bruna, Ariadne, Absonos e Fiori, Jesse e seu tímido namorado; dos palestrantes Gian e Capitão Escarlate; dos oficineiros, Robson (desenho) e Dimas (esgrima histórica); do Mago Steam e do Tarólogo Steam.

Havia ainda a turma simpática de Campinas, Mái, Nina, Mordida (que me adotou como pai), Dimas e Fox. 

E a tripulação do A. S. Príncipe Negro.

Por fim a turma do Pic Nic Vitoriano, que fechou o evento.

Todas estas pessoas (e mais algumas, não consegui lembrar o nome de todo mundo) compuseram um panorama humano excelente. Um grande abraço a todos eles!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Ragnarök – O Crepúsculo dos Deuses


Ragnarök – O Crepúsculo dos Deuses
Um Introdução à Mitologia Nórdica
Autor: Mirella Faur
Editora: Cultrix
Ano: 2010
432 páginas

Sinopse: A mitologia nórdica hoje em dia está mais presente por causa das HQ que envolvem Thor, do game Ragnarök e da prática da leitura de Runas, mas estas manifestações são uma releitura moderna das atingas tradições. As origens da mitologia nórdica estão na pré história, juntando lendas e tradições xamânicas dos chamados povos do Norte. Infelizmente há poucos registros históricos e a tradição oral, devido à absorção pelo cristianismo e a proibição das antigas práticas com perseguição a seus praticantes, foi deturpada, transformando-se em lendas folclóricas e contos de fadas, ou simplesmente esquecida. A proposta da autora foi reunir e sistematizar as várias fontes, centralizando-se no mito mais documentado, que é o Ragnarök, ou o Crepúsculo dos Deuses.

Ragnarök seria o equivalente a o Fim do Mundo, um mito compartilhado por diversas crenças, inclusive o cristianismo (que vive procurando datas para alarmar os fieis) e seria uma batalha entre todos os deuses, gigantes e outros seres mitológicos. No final da batalha há uma renovação do panteão, já que vários deuses morrem no processo e serão substituídos. E nós pobres mortais, temos o azar de estar em dos campos de batalha desta guerra, mas seremos beneficiados com a reconstrução do Universo.

Segundo a autora, os mitos dos povos nórdicos “são permeados pela profunda compreensão e resignada aceitação dos desígnios do destino, da transitoriedade da vida e da inexorabilidade da morte, às cujas leis eram submetidos todos os seres vivos e os próprios deuses.”

A mitologia nórdica é fruto das condições extremas em que viviam estes povos, com invernos rigorosos e verões muito curtos. Dá pra entender por que os inimigos dos Deuses eram os Gigantes de Gelo. Os Deuses não são perfeitos, Thor é fanfarrão e imprudente, Odin é vingativo e mulherengo, Loki é bastante ambíguo, já que ora é fundamental na resolução de um conflito a favor dos deuses, ora é justamente a causa do problema.

A autora discorre sobre o assunto descrevendo desde os povos nórdicos e suas origens, passando pela cosmogonia, pelo panteão, explicando o princípio masculino e o princípio feminino e indo até o calendário das suas celebrações.

O texto é agradável de se ler até nas partes “enciclopédicas”, onde são descritos um a um os deuses e outros seres.

Uma obra fundamental para quem quer se aprofundar nesta mitologia, ou simplesmente buscar inspiração para escrever.

Nerd Shop

Ragnarök – O Crepúsculo dos DeusesMirella Faur. Editora Cultrix.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A Morte é uma serial killer


A Morte é uma serial killer
Autora: Valentina Silva Ferreira
Editora: Estronho, coleção Histórias de Bolso
Ano: 2012
176 páginas

Sinopse: Num futuro próximo, os assassinos em série de todos o mundo, por força de lei, devem ser tratados e cumprir pena na Unidade de Segurança e Reinserção de Assassinos em Série, situada em Lisboa. Pelo nome da instituição percebe-se que é uma tentativa de curar o possível transtorno psicológico que leva estes assassinos a matarem.

O programa prevê isolamento da sociedade (como qualquer presídio), convívio forçado entre os “pacientes”, sessões de psicoterapia individual e em grupo.

Na realidade este é apenas um meio que autora encontrou de colocar todos juntos, e uma vez juntos, Valentina começa em flash back traçar o perfil de cada um deles (três homens e duas mulheres). É aí que reside a maior habilidade da autora. Primeiro os coloca como pessoas comuns e pouco a pouco nos introduz a seu drama pessoal e finalmente a seus crimes. Com um texto belíssimo, mesmo nas passagens mais chocantes, ela nos conduz a uma relação de amor e ódio a seus personagens. Destaque para Luke, o assassino pedófilo e Suzana, que odeia homens separados e com filhos com quem se relaciona. Temos a sensação de que podemos encontrá-los a qualquer momento entre as pessoas que nos são próximas.

Uma vez traçado o perfil ela nos mostra o relacionamento tenso entre os pacientes e a equipe médica e por fim aparece a Morte. Inicialmente como se fosse a culpa de cada um se manifestando e depois como alguém palpável, capaz de matar.

Aqui ela se aproxima do “enigma de quarto fechado”, onde pessoas estão isoladas e sabe-se que é alguém de dentro que está causando o problema. O exemplo mais clássico é O caso dos dez negrinhos, de Agatha Christie (há uma tradução recente: E não sobrou nenhum, da Editora Globo, “politicamente correta” – não tem “negrinhos”).

A autora parece conhecer muito bem dois aspectos essenciais para conduzir a trama: o transtorno de personalidade antissocial (psicopatia ou sociopatia), e a parte jurídica (que é usada para estruturar o romance).

Atenção! Spoiler

Há algumas falhas, que todavia não comprometem o livro como um todo.

A mansão que serve de hospital, o estereótipo de várias histórias similares, me pareceu inadequada para reunir criminosos capazes de matar por causa de um palito de sorvete. A segurança é muito baixa.

O personagem que encarna a Morte não surge no início da trama, embora seja corretamente contextualizado mais ou menos no meio do romance. Isso frustra leitores habituais de livros de mistério, em especial fãs de “enigma de quarto fechado”, onde o “culpado” é um dos personagens já foi apresentado logo no começo.

Mas, a meu ver, a intenção da autora não é construir um bom thriller de mistério, mas um bom terror psicológico, onde ela se sai muito bem.

Destaque para a capa, projeto gráfico e diagramação. A Estronho, como sempre, tem muito bom gosto nestes quesitos.

Conclusão

Um bom terror psicológico, com dose certa de suspense e muito bem escrito, com uma linguagem poética mesmo nos trechos mais crus. 

Nerd Shop:

A Morte é uma seria killer. Valentina Silva Ferreira. Editora Estronho.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Pacific Rim - O que farão com Evangelion?

Um filme live action  de Evangelion?

Pelo trailler podemos perceber que há muitas mudanças e algumas semelhanças marcantes:


Um fã de Evangelion fez este trailler, com cenas tiradas do animê:


O fiilme estréia em 17/07/2013. Vamos aguardar