sábado, 1 de maio de 2010

Star Trek: Next Generation (7ª temporada)

Star Trek: Next Generation (7ª temporada)
Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Le var Burton, Marina Sirtis
Duração: 45min

Nesta última temporada da série Star Trek: Next Generation, a maioria dos episódios são bons, como é costume neste seriado. Após assisti-los percebemos um padrão bem definido nessa sétima temporada: uma preocupação em humanizar os personagens, dando-lhes um conteúdo mais dramático e sentimental.

A primeira coisa que se nota é que na maioria dos episódios aparece algum parente perdido de um dos tripulantes, reatando um relacionamento esquecido ou negado ou reforçando um papel parental. Apesar do desmentido formal disto ser intencional nos extras, achamos difícil isto ser verdade, pois La Forge encontra com seus pais, Worf com seu irmão de criação (humano) e em outro episódio discute com seu filho, reaparece a mãe de Deana Troi (numa situação em que aparece fragilizada, contrapondo-se com outras aparições, onde é uma mulher decidida e de caráter forte), a gata de Data tem gatinhos, aparece um filho perdido do capitão Picard e até a Enterprise é humanizada! Também é dado um ênfase maior em relacionamentos: a paixão de Worf por Deana, gerando ciúmes velados em Riker, um reforço da tensão emocional e afetiva entre o capitão e a doutora Crusher e relacionamento cômico de Data com sua gata.

Notamos que esta preocupação reaparece nos extras em relação tanto à serie como com seu elenco e equipe técnica. Boa parte das entrevistas está centrada em mostrar uma interação entre todos saudável e alegre, como uma grande e harmoniosa família. O curioso é que a primeira coisa que tentam fazer é desmentir esta intenção!

A segunda coisa importante (confirmado nos extras) é a preocupação de dar um fechamento na série que lhe faça jus. O episódio deveria ser muito criativo e estar consistente com o desenrolar das ações de todos os anos. Podemos dizer que eles conseguiram. O episódio chama-se "Tudo que é bom", uma alusão a um dito popular bastante condizente com as intenções dos produtores: "Tudo que é bom um dia chega a um fim". A solução que encontram é o capitão Picard viajar espontaneamente no tempo, indo do presente ao passado e ao futuro, inúmeras vezes, sendo isto confundido em seu futuro com sintomas de uma doença neurológica.
Nesse último episódio reaparece alguém importante, que apareceu a primeira vez no episódio piloto da série, fechando um julgamento iniciado lá.

Destaques

A maioria dos episódios vai agradar os fãs da série porém gostaria de destacar três episódios:

Fantasmas: Data começa a ter pesadelos durante a noite, com mensagens tipicamente freudianas. E quem ele vai consultar? Freud, no holodeck! A condução do enredo surreal e a explicação final são bastante criativas. A cena com Freud é um alivio cômico muito bem feito.

O Golpe (episódio duplo): Picard e Riker, infiltrados numa nave pirata alienígena jogam um jogo, do qual ninguém conhece as regras. A criatividade está na montagem da trama, complexa e cheia de reviravoltas. A comparação é com um jogo de xadrez onde você não sabe de que lado está. Por isso o título original: Gambit, que pode ser traduzido como "gambito", movimento do xadrez em que se sacrifica uma pedra, normalmente um peão, para ganhar uma posição tática melhor.

Máscaras: Após a descoberta de um artefato que na realidade é um banco de dados de uma cultura extinta, Data incorpora toda a cultura, assumindo um comportamento de múltiplas personalidades. Os objetos e detalhes da cultura lembram muito a cultura Maia e o conflito simbólico mostra que quem escreveu o roteiro conhecia muito bem mitologia.

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Star Trek: Next Generation (7ª temporada)

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